Já fui à Madeira e voltei!
Banhei-me de verde, ar puro e água fresca.
Conheci pessoas lindas, (claro que não me cruzei com o Jardim mais feio da Madeira), locais maravilhosos, plantas exuberantes.
Ali todas as espécies existem com um tamanho muito superior ao que estamos habituados a ver:
urzes arbóreas, latugas gigantes, genistas que se chamam piorno e são 3 vezes o tamanho das giestas que vemos no Continente.
A sensação de espanto foi tanta e tão constante que me emocionava com o exagero da paisagem, com o tamanho das folhas, das árvores, dos fetos, dos musgos, da água sempre presente.Imaginem que a média de humidade no ar é de 85%.
Esta humidade deu origem a um leque de verdes como é raro encontrar, e eu vivo em Sintra e já viajei pelo sul do Chile, pelas Caraíbas, México, Brasil, Indonésia e Índia. aliás muitas vezes tive a estranha e muito forte sensação de estar num desses países, não fossem os túneis a rasgar abruptamente a paisagem e a acordar-me destas sensações quase delirantes, meio alucinadas.
O tempo e a sua fantástica agilidade de nos fazer viajar para trás e para a frente, para longe e para perto, para dentro e para fora em apenas 5 dias.
Está mais que provado que o tempo vive de mãos dadas com emoções e sensações e com elas tem uma estreita relação de cumplicidade.
Malva sylvestris - por Fernanda Botelho
Plantas Medicinais, Aromáticas, Condimentares, Jardinagem, Ateliers, Cursos, Workshops, Passeios, Agricultura Biológica, Permacultura, Ecologia, Jardins nas Escolas, Jardins Botânicos, Livros, Sites...
segunda-feira, 27 de maio de 2013
segunda-feira, 20 de maio de 2013
Um alegre fim-de-semana entre urtigas e botânicos.
Um alegre fim-de-semana entre urtigas e botânicos.
A caminho da serra presenteada por um auspicioso arco-irís que parecia nascer vinha do centro da terra e me dava a entranha sensação de se ligar ao meu umbigo como um cordão umbilical todo feito céu e luz.
E de facto assim foi o fim-de-semana; todo feito de céu, terra, luz, plantas e pessoas maravilhosas.
A caminho da serra presenteada por um auspicioso arco-irís que parecia nascer vinha do centro da terra e me dava a entranha sensação de se ligar ao meu umbigo como um cordão umbilical todo feito céu e luz.
E de facto assim foi o fim-de-semana; todo feito de céu, terra, luz, plantas e pessoas maravilhosas.
A urtiga é um excelente remineralizante do organismo, rica
em antioxidantes, vitaminas, sobretudo vitaminas A e C, sais minerais como
ferro, magnésio, fósforo, muita clorofila, etc. Enfim um superalimento que o
concelho de Fornos de Algodres soube aproveitar, decidindo revitaliza-la,
trazendo-a de volta ao tão meritório lugar de destaque na nossa gastronomia.
Inserida nas jornadas Etnobotânicas que já vão na sua VIII
edição; as urtigas (na sua V edição) têm vindo a conquistar cada vez mais
adeptos e curiosos que se deslocam todos os anos a Fornos de Algodres para
participarem num fim-de-semana muito urticante.
Mas nem só de gastronomia urticante, vivem estas jornadas. O
passeio etnobotânico que se realiza sempre no primeiro dia das jornadas contou
este ano com o ilustre etnobotânico espanhol, Emílio Blanco, que na minha companhia, na companhia do professor e botânico José
Ribeiro da UTAD, que é um dos ilustres fundadores da Confraria e membro
indispensável nestes passeios de reconhecimento de plantas. do Manuel Paraíso grande expert em matéria de urtigas e também fundador e organizador desta confraria.
Também esteve presente o chef
espanhol Martin Alvarez da escola superior de turismo Ourense com um livro de
receitas publicado ” 40 receitas com urtigas”.
Feliz coincidência, este ano a data do evento inseriu-se no
dia 18 de maio, Dia Internacional do Fascínio pelas Plantas.
Depois de um fantástico passeio de três horas e do reconhecimento e prova
de uma série de plantas silvestres comestíveis como as azedas (Rumex) os rebentos dos fetos, e da norça
branca (Bryonia dioica), nozelha,
umbigos de vénus (Umbelicus rupestris),
madressilva (Lonicera), rosmaninho Lavandula pedunculata
E agora sim esperava-nos um delicioso manjar. Um piquenique partilhado com as mais variadas receitas cozinhadas com urtigas.Paté de urtigas e linhaça, pão de urtigas, pastéis de nata, rabanadas, quiches, alheiras, requeijão e até cerveja de urtigas que viriamos a provar mais tarde.
Depois do piquenique regressamos à sala onde ficamos a saber dos últimos estudos realizados na Faculdade de Farmácia da Universidade Coimbra pela professora Teresa Batista que vieram confirmar o que há muito já se sabe, as propriedades antioxidantes das urtigas, mas também as suas outras utilizações medicinais como problemas da próstata,(hiperplasia benigna da próstata, que reage muito bem ao tratamento à base de raiz de urtiga), reumático e arterite, gota, etc.
Descobrimos a diferença entre outras Urticáceas como a Parietária e as outras não-urtigas como
os Lamius que se podem confundir com
urtigas mas não têm picos e por isso não são urtigas nem têm as mesmas
propriedades nem utilizações.
Ao jantar provamos sopa de urtigas, pão, paté,
molhos e sobremesas e saímos de lá verdes de alegria, pois esta maravilhosa
planta têm ainda a capacidade de estimular a produção de serotonina.
No dia seguinte dia 19, tive a honra de ser entronizada, nesta confraria que tanto prezo, vestiram-me uma capa e uma medalha e em latim jurei eterna fidelidade à minha grande aliada URTIGA
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quinta-feira, 16 de maio de 2013
CONFRARIA DAS URTIGAS
Enquanto me sento em frente a este ecrã com a intenção de partilhar convosco aquilo que me entusiasma e mantém acesa a chama nos meus olhos; os pássaros cantam lá fora, fazendo ninhos na figueira e no sabugueiro, numa tagarelice pegada uns com os outros, admiro quem reconhece cada canto destas aves que tanto nos alegram a vida.
Eu não reconheço, só oiço deliciada com as subtilizas da comunicação.
O céu cinzento de maio obriga-me a vestir mais um casaco, neva lá para os lados da Serra da Estrela, não de Sintra, por enquanto.
Amanhã rumo a norte, Fornos de Algodres, já entre paisagens serranas, águas termais, passeios etnobotânicos e muitas urtigas dioicas, urens, membranáceas, etc.Irei ser entronizada confreira das urtigas, Vestir a capa da confraria que mais admiro será com certeza uma honra e um voto de responsabilidade que prometo levar muito a peito. Aliás já levo mesmo sem capa.
Estas plantas que tanto venero, estão sempre presentes nas minhas comunicações mais ou menos públicas, escritas ou faladas, para adultos ou crianças.Elas surgem, impõem-se e revelam-se sempre, muitas vezes sem sequer estarem no programa. Eu acolho-as com o devido carinho e respeito e partilho-as com quem delas pouco sabe. Surpresa, desconfiança, medo, as reações vão variando mas a semente fica lançada e a vontade de as conhecer melhor germinará com certeza nas mentes mais abertas.
Eu não reconheço, só oiço deliciada com as subtilizas da comunicação.
O céu cinzento de maio obriga-me a vestir mais um casaco, neva lá para os lados da Serra da Estrela, não de Sintra, por enquanto.
Amanhã rumo a norte, Fornos de Algodres, já entre paisagens serranas, águas termais, passeios etnobotânicos e muitas urtigas dioicas, urens, membranáceas, etc.Irei ser entronizada confreira das urtigas, Vestir a capa da confraria que mais admiro será com certeza uma honra e um voto de responsabilidade que prometo levar muito a peito. Aliás já levo mesmo sem capa.
Estas plantas que tanto venero, estão sempre presentes nas minhas comunicações mais ou menos públicas, escritas ou faladas, para adultos ou crianças.Elas surgem, impõem-se e revelam-se sempre, muitas vezes sem sequer estarem no programa. Eu acolho-as com o devido carinho e respeito e partilho-as com quem delas pouco sabe. Surpresa, desconfiança, medo, as reações vão variando mas a semente fica lançada e a vontade de as conhecer melhor germinará com certeza nas mentes mais abertas.
quarta-feira, 15 de maio de 2013
O Botânico Aprendiz na Terra dos Espantos: Cardo-do-coalho (Cynara cardunculus)
O Botânico Aprendiz na Terra dos Espantos: Cardo-do-coalho (Cynara cardunculus): Cardo-do-coalho ( Cynara cardunculus L.) Também designada por Cardo-hortense e Cardo-manso , esta planta, da família das Asteraceae , sur...
terça-feira, 14 de maio de 2013
terça-feira, 7 de maio de 2013
Plantas medicinais no parlamento, nos meus passeios e workshops e na TVI na próxima sexta-feira de manhã.
Uma boa notícia! A Naturopatia foi convidada para a 4ª edição das Jornadas de Saúde do Parlamento! Convido por isso todos os apoiantes da Naturopatia a marcarem presença da Quarta-feira (8 de Maio) às 12h na Assembleia da República para uma palestra subordinada ao tema "Naturopatia - a sua importância para o SNS". Serão abordados exemplos de complementariedade principalmente em 5 áreas chave: Doenças cardiovasculares, oncologia, depressão, infertilidade e doenças reumáticas. A entrada é gratuita. Numa altura em que está a ser discutida na especialidade a regulamentação da Naturopatia importa mais do que nunca marcarmos uma presença forte neste evento!
Aqui fica o link das filmagens do workshop que dei no Fundão no dia 28 de abril.
http://videos.sapo.pt/ghiCZEHZsEtoIpMGEd2s
Deixo também o cartaz com a s novas datas dos meus passeios
sexta-feira, 3 de maio de 2013
Atelier de flores comestíveis
Levará ainda para plantas umas estacas de pelargónios e capuchinhas para transplantar.
Se não poder vir ao workshop, pode comprar no domingo o correio da manhã, pois sairá na revista uma entrevista e artigo com fotos, sobre as flores comestíveis e o meu trabalho no mundo das plantas.
no domingo de manhã às 11 estarei também em Linda-a-Velha no festival Lindanças www.facebook.com/Lindancas a dar uma palestra sobre "As plantas e a saúde.
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