quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Plantas medicinais, agenda 2018, amoras e roseira-brava e respetivas receitas de elixir bucal e vinagre de rosehip

Tempo de amoras e cinorródos de roseira-brava.
Aproveite, agarre nos cestos e na família e....cuidado com os picos.


amoras

  Amoras Rubus fruticosus Rosaceae
As amoras são essencialmente conhecida pelos seus frutos maduros muito utilizados em compotas e sobremesas, riquíssimos em vitamina C e antioxidantes.
As suas folhas tenrinhas como quase todas as folhas desta família das Rosáceas, ou seja, morangueiro, marmeleiro, agrimónia e muitas outras, são muito adstringentes e por isso mesmo, recomendadas em gargarejos para combater inflamações da boca e das gengivas.

Receita

Elixir bucal
Ferver 10 a 12 folhas tenras de silvas e 10 cravinhos-da-índia em meio litro de água durante 5 minutos.  Deixar repousar  meia hora, retirar as plantas e adicionar 7 gotas de óleo essencial de tea-tree (Melaleuca alternifolia). Guardar no frigorífico. Bochechar diluindo duas colheres de sopa em meia chávena de água quente.



Cinorródo de roseira-brava
Flores de roseira-brava



Roseira-brava Rosa canina Rosaceae
Umas das grandes fontes de vitamina C que pode ser consumida de várias formas.
Algumas,  pode confecionar em casa e utilizar ao longo do ano, sobretudo no inverno quando precisamos de reforçar o nosso sistema imunitário com doses extra de vitamina C.
No fim do verão estão prontos a ser colhidos os cinórrodos de roseira brava, pequenos, vermelhinhos, redondos ou ovais podem confundir-se com as bagas de pirliteiro sendo mesmo bastante comum encontra-los lado a lado no mesmo habitat. Caso isso aconteça não é muito grave pois estas também se podem consumir.

Receita
Lavar e retalhar estas bagas, retirando a pequena penugem que reveste o seu interior e que pode irritar a garganta, encher com elas um frasco, de seguida juntar vinagre. Levar ao lume em banho-maria durante meia hora. Deixar arrefecer, rotular e guardar.
Tomar 2 a 3 colheres de chá por dia diluídas em água morna ou fria ou usar para temperar saladas.

terça-feira, 29 de agosto de 2017

Agenda de 2018 de Plantas Medicinais. Revelamos mais alguns segredos da agenda: rosas e jasmins

Rosas-de-Santa-Teresinha
Rosa de Santa-teresinha…..Rosacea
Impossível resistir ao charme e delicadeza destas pequenas rosinhas de perfume suave e doce.
Tenho um enorme arbusto que todos os anos me presenteia com uma infinidade de flores que colho, levo para casa, coloco em aromáticos bouquets espalhados pelos cantos, desidrato algumas, outras utilizo em sobremesas e bebidas. Desafiam a imaginação e criatividade culinária tantas vezes inspiradas no trabalho da minha amiga Graça Saraiva das Ervas finas que é mestre em receitas com flores e me deu a provar um mel de rosas absolutamente divinal. Em casa fiz a minha versão mais simplificada.

Receita

A um frasco de mel de meio quilo retirei metade do conteúdo e preenchi com pétalas de rosas de Santa-Teresinha, aqueci em banho-maria durante uma hora e deixei ficar as rosas a macerar no mel. O mel é um conservante natural ajudando a preservar as flores.
Adicionar este delicioso mel a sobremesas, iogurtes, bebidas ou consumir uma ou duas colheres por dia sempre que se sinta que o seu coração precisa de um mimo.


Rosa-de-Santa-Teresinha
Jasmim



Jasmim  Jasminum spp Oleaceae
Impossível cheirar o doce aroma dos vários jasmins sem acordar em mim imagens da Índia e de quando por lá andei em viagem. As mulheres usam as flores  e o óleo no cabelo. As estátuas dos deuses são adornadas com colares de jasmim e calêndulas. Existem muitas espécies mas a mais comum em Portugal e até bastante invasiva é Jasminum officinalis. Na medicina Ayurvédica tem uma estreita relação com o feminino e usam-no para tratar dores menstruais, tensão nervosa, enxaquecas. É uma planta adstringente e por isso a infusão das flores pode ser utilizada para estancar o sangue de feridas ou reduzir o fluxo menstrual excessivo.
Em aromaterapia o óleo essencial diluído num óleo vegetal de sésamo, grainha de uva, abacate ou azeite é usado em massagens para tratar depressões e aumentar a líbido. Recomenda-se ainda como antissético, antiviral e antifúngico, eficaz em casos de herpes ou candidíase.

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Agenda 2018 de Plantas medicinais, a saúde nas nossas mãos. Uma tentativa de aproximação entre pessoas e plantas, medicina e planeta.

Querem saber mais das mãos que fazem,
 escolhem, tocam, separam, cuidam...

Uma homenagem às mãos esta minha agenda de 2018 que fui hoje visitar à gráfica e que está não tarda nada nas vossas mãos.





  Agarra-saias  Galium aparine Rubiaceae
Pode fazer infusões, alcolaturas, sumos, saladas e até “Café” com as sementes desta planta que é um dos melhores drenantes linfáticos
Receita.
Colher as pequenas e redondas sementes no fim da Primavera, coloque-as num tabuleiro, no forno a 180º durante 5 minutos. Retire-lhes a casca e volte a colocar no forno até ficarem tostadas mas não queimadas.  Quando arrefecerem coloque-as num moinho de café obtendo e triture-as  até ficarem em pó obtendo assim uma agradável bebida  semelhante à cevada ou à chicória.
O Galium atua no sistema linfático e a raiz de dente-de-leão ou de chicória têm uma forte ação sobre o fígado e a vesícula.
Ver agenda de 2014

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Agenda de plantas medicinais 2018. A ser cozinhada na PRINTER

Para ir abrindo o apetite e convidando a fazerem encomendas de mais uma agenda com o tema das plantas medicinais.
Custa 13€




Tebuchina Tebouchina urvilleana Melastomataceae.
Este bonito arbusto que descobri no Brasil e que tenho no quintal é originário do México, bastante comum na América do sul, Caraíbas, Filipinas, etc.
No Brasil é conhecida por quaresmeira por florir justamente nessa época. No meu jardim floresce um pouco quando lhe apetece mais que uma vez ao ano.
As suas folhas, caules e flores têm sido alvos de alguns estudos e podem ser usados para fins medicinais. As folhas são ricas em taninos e recomendadas em casos de diarreia e disenteria, para tonificar as paredes do intestino, para estancar o sangue em casos de hemorragias internas e externas e para tratar problemas de pele.



Rosa-de-Santa-Teresinha


Briza-maior


É conhecida também por abelhinhas, bole-bole-maior, chocalheira maior. É originária do sul do Mediterrâneo e muito comum na Macaronésia. Em inglês tem nomes poéticos como pearl grass ou ratlesnake grass e é cultivada em jardins como planta ornamental e usada em arranjos de flores secas.

Desta vez falo-vos de tebouchina, salvia-branca, rosa-de-santa-teresinha, brizas, e outros tesourinhos botânicos.