Malva Silvestre
Malva sylvestris - por Fernanda Botelho
Plantas Medicinais, Aromáticas, Condimentares, Jardinagem, Ateliers, Cursos, Workshops, Passeios, Agricultura Biológica, Permacultura, Ecologia, Jardins nas Escolas, Jardins Botânicos, Livros, Sites...
quinta-feira, 21 de abril de 2022
quarta-feira, 23 de março de 2022
Jardins para a vida silvestre
terça-feira, 1 de março de 2022
Nettles, always nettles. Urtigas e seus usos Confraria da Urtiga
E porque tenho andado banhada num mar de urtigas, aqui vos deixo mais alguma informação que constará do meu próximo livro e também um vídeo deste rapaz que sigo nas redes sociais e de quem gosto muito.
https://www.facebook.com/LesAmisdeLOrtie/
Este é o hino à urtiga da respetiva Confraria
Hino à urtiga escrito por José Ribeiro e musicado por Abel Rodrigues
Viva a urtiga,
O urtigão,
Se maltratada
Pica na mão
Se maltratada
Pica na mão
REFRÃO:
O nosso lema
Tal nos obriga
Clamar bem alto
Viva a urtiga
Clamar bem alto
VIVA A URTIGA!
Bem cozinhada
Serve-se à mesa,
Bem à saúde
Faz com certeza
Bem à saúde
Faz com certeza
(REFRÃO / INTRUMENTAL)
Cresce amiúde
Humilde e pura,
Que bons sabores,
Rica verdura
Que bons sabores,
Rica verdura
(REFRÃO)
Cantem louvores,
É uma iguaria,
É o emblema
Da Confraria
É o emblema
Da Confraria
REFRÃO:
O nosso lema
Tal nos obriga:
Clamar bem alto
Viva a urtiga
BIS |
VIVA A URTIGA!
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022
Urtiga/Nettle Fibras altamente sustentáveis
A Urtiga está de volta conquistando lugares às tão poluidores fibras sintéticas e algodão transgénico com recurso a grandes quantidades de agrotóxicos.
Fibra de urtiga
A Urtica dioica foi em tempos bastante utilizada no fabrico de toalhas de mesa, lençóis e de fardas dos soldados durante a segunda guerra mundial. A já mencionada Bhoemeria nivea , também conhecida por erva da China e sem pelos urticantes, é uma das culturas de fibras mais antigas, existe há pelo menos 6000 anos, tendo sido desenvolvida ainda antes da seda, cultivada principalmente na China mas também no Japão, nas Filipinas, na Malásia, Taiwan e Índia. Esta é usada para produção da fibra de rami por esta ser mais resistente do que o linho, o algodão e mais ecológica do que a seda ou o algodão. Esta urtiga é muito apreciada do ponto de vista ambiental pois tem alta rentabilidade, podendo fazer-se colheitas até 4 vezes por ano, tendo a vantagem de não necessitar de adubos químicos nem pesticidas como acontece com o algodão nem de recorrer a bichos como no caso da seda
Nos anos 60 e 80 foi introduzida e desenvolvida no Brasil pelos japoneses apreciadores de materiais de alta qualidade. A cidade de Uraí no Paraná já foi conhecida como a capital do rami tendo mesmo vivido um boom económico, social e demográfico graças a esta cultura ( a sua população duplicou no espaço de 20 anos).
A partir dos anos 80 do século XX começaram a surgir outras culturas na região como a soja, os terrenos onde se cultivava Urtiga começaram a ser adquiridas para agricultura intensiva dependente em alta escala de agrotóxicos e, benificiando apenas os bolsos de meia dúzia de pessoas. A introdução da soja acabou por expulsar não só a cultura da Urtiga com todo o processamento da fibra a ela associado, como também forçou a um enorme êxodo da população que se viu sem empregos. A população desta cidade foi decaindo de 24,500 habitantes para cerca de 11.000 em 2010.
Com a atual indústria da moda, que deixa no planeta uma das piores pegadas ecológicas com a chamada fast fashion e a produção de fibras sintéticas a ser pressionada pelos defensores do ambiente, o Brasil volta a pensar na reintrodução da cultura desta Urticaceae para a produção de remi.
Fotografias de
Alexandre Delmar
em
Alexandre Delmar
em
terça-feira, 18 de janeiro de 2022
quinta-feira, 16 de setembro de 2021
quinta-feira, 19 de agosto de 2021
quinta-feira, 12 de agosto de 2021
terça-feira, 27 de julho de 2021
Uma mini-selva perto de Sintra. O meu jardim sustentável e biodiverso
Filme realizado por Manuel Loureiro a convite do festival Jardins abertos com o apoio da Câmara municipal de Lisboa.
https://www.youtube.com/watch?v=DhWqngIEKHE
quinta-feira, 22 de julho de 2021
sexta-feira, 16 de julho de 2021
A Recoletora (video de Alexandre Delmar). Que plantas são estas afinal? https://arecoletora.com/
As plantas que irrompem da estrada e nos terrenos que abandonamos são embaixadoras de uma cultura mais rica e antiga que a nossa: turva e vivaz, é uma cultura sem avesso. Queiramos ou não, somos parte de uma comunidade que não supõe os conceitos de «fora» ou «outro». A ideia de que humanos e plantas
ocupam espaços diferentes — que têm naturezas diferentes — é a verdadeira ideia daninha. É esta ideia que está por trás das práticas que danificam e desrespeitam o nosso meio ambiente, que ofendem o legado da vida no nosso planeta.
Teimando em reverdecer, as plantas silvestres são guardiãs da diversidade. A Recoletora propõe seguir o seu exemplo, sair dos trilhos usuais para olhar de novo os nossos espaços — transformar a ideia que temos da cidade, os nossos hábitos e rotinas. Conhecendo os vizinhos, passamos a olhar para a nossa rua de outra maneira. Tal como atraem insetos polinizadores e outros animais, estas plantas convidam-nos a entrar no terreno baldio e repensar o lugar que ocupamos no ecossistema. Elas alertam-nos contra as práticas nocivas das monoculturas dependentes do uso de herbicidas e avisam-nos: a diversidade é a nossa maior riqueza.
Uma das formas de o fazer é introduzir plantas novas nos nossos pratos, enriquecendo-os com os seus sabores e nutrientes, mas também criando lugares de troca e contacto entre humanos e mais que humanos, entre diferentes campos de conhecimento. Para este efeito, o design apresenta-se como a disciplina ideal, capaz de mediar linguagens e saberes distintos na constituição de uma plataforma aberta e acessível, mas também na imaginação de um trabalho de campo interventivo que possa sensibilizar as nossas comunidades e público para estas realidades.
https://vimeo.com/574857269?fbclid=IwAR1Nfe2xbvixAF1k82ANnMBIJNxg7iPoLeFW1nO8HxWW8gWU4jLbizGH-6s