quinta-feira, 15 de setembro de 2016

URTIGAS e alguns dos seus interesses terapêuticos cientificamente comprovados

https://estudogeral.sib.uc.pt/bitstream/10316/28167/1/DM%20Ana%20Rita%20Carvalho.pdf



História
A descoberta das propriedades medicinais da urtiga remonta à Antiguidade e, desde então, grandes estudiosos do universo das plantas, como Plínio, o Velho, Dioscórides ou Santa Hildegarda, deixaram-nos importantes informações sobre os usos, virtudes e benefícios desta espécie magnífica, de cuja confraria me orgulho de ser membro. O seu nome, segundo se crê, ter-lhe-á sido dado pelo próprio Plínio e deriva do verbo latino urere, que significa «queimar».
Além das suas potencialidades terapêuticas, a Urtica teve sempre diversas aplicações práticas. Quando invadiram o Norte da Europa, os soldados romanos, por exemplo, fustigavam-se com a planta para assim estimular a circulação e manter o corpo aquecido. Mais tarde, na Polónia, entre os séculos XII e XVIII, confecionava-se vestuário a partir das urtigas, que viriam a ser substituídas pela seda. Na Escócia, eram os lençóis e as toalhas de mesa que se fabricavam com a fibra da Urtica, considerada altamente resistente. E, durante a Primeira Guerra Mundial, essa mesma fibra foi usada para fazer fardas militares.