












Entre chuva e orvalho o outono vai-se instalando no jardim. Há 3 dias atrás um forte orvalho acordou aranhas e caracóis que se puseram a trabalhar, deixando vestígios de veras artísticos, especialmente as aranhas, que me barram os caminhos entre canteiros, e incansáveis, fazem pontes entre folhas de consolda tecem estradas entre chagas e onagras baloiçam-se entre folhas de alecrim ou criam autênticos labirintos, emaranhados, à volta do que resta do hipericão.
A lagarta continua a crescer embriagada de funcho que parece satisfazê-la plenamente, pois continua a engordar de dia para dia, sem sair do mesmo sítio.
As Flores de solidago (vara d´ouro) crescem também sem parar, devem ter já 3 metros.De todos os solidagos que tenho visitado pelos jardins botânicos do mundo nunca vi nenhuns tão altos.
As gotas de orvalho nas folhas de maracujá e na redondeza das maçãs continua a maravilhar-me.
O jardim é uma festa de formas, texturas e cores que no outono se acentua e se enfeita com pérolas que cintilam e nos iluminam os dias e afastam as tristezas.
Oh! tristes dos que tem de viver sem jardins para lhes alegrar os dias e reconfortar a alma.
Ficam com as fotos que aqui partilho, na esperança de fazer nascer apetites de plantas e despertar vontades de criar o vosso próprio jardim ou pelo menos de procurarem a sua companhia mais regularmente.