Malva sylvestris - por Fernanda Botelho
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domingo, 12 de setembro de 2010
Luz de Setembro
O tempo corre e convida-nos a contemplar as fantásticas metamorfoses dos nossos jardins.Em Setembro regressam as teias de aranhas que atravessam o jardim sem avisar e ficam suspensas por todo o lado à espera de insectos desatentos ou de gotículas de orvalho para testar a sua incrível resistência, é impressionante como aqueles finos fios de aspecto tão frágìl e delicado são na realidade quase inquebráveis, gosto deles, aparência frágil mas robustez interna.
para além das teias continuam os cosmos incansáveis acolhendo abelhas, abelhões, zangões e borboletas, e a propósito de borboletas; A budleia, verdadeiro arbusto das borboletas, roxo e de perfume doce, decidiu-se por uma nova e intensa floração, as borboletas são muitas, andam felizes e eu também, observando esta azáfama com ar quase Primaveril.
A luz é que já não é Primaveril, é limpída, cristalina pelas manhãs e com pores-do-sol absolutamente exuberantes como só os céus de Setembro sabem exibir, os dias encolhem e o horizonte grande, incendeia-se logo depois das oito.
Os pássaros gordos devoram os figos lá bem do alto da figueira sem me darem tempo de abrir o escadote atirar-me para cima da árvore estilo Tarzan, temos que saber partilhar também com os pássaros e "decidi"que os figos lá do topo são para eles, o seu cantar fica mais doce.
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