Até porque estes dias cinzentos e molhados convidam a ficar em casa, coisa que tenho feito pouco nos últimos meses.
Ficar em casa é sentar-me em frente ao écran do computador e selecionar fotos para a capa da agenda 2015 que está quase, quase aí. Gosto de ver desfilar diante de mim a infinidade de fotos de flores que tenho feito ao longo dos anos de visitas a vários jardins botânicos e ao meu próprio jardim que não me canso de comtemplar, aceitar e celebrar toda a sua selvagem diversidade.
Na escola partilho essas vivências de viagens com as crianças de olhos cintilantes por talvez voltarem a acreditar que afinal o pai Natal possa existir e também dias sem noites e noites sem dias, se isso é possível então também as fadas, os duendes e até o pai Natal pois claro. As renas, sei que existem pois por todos os lados nas autoestradas aparecem tabuletas avisando da possibilidade de nos cruzarmos com elas.
Mas voltando ao meu trabalho nas escolas:
O que na verdade levo dentro do meu cesto são histórias de plantas, jardins, quintais, hortas, pirilampos, deslumbres, histórias de joaninhas e minhocas, plantas que afastam mosquitos e outras que tratam pessoas, rosas que se comem e queijinhos de malvas que parecem abóborinhas miniaturas e que, bem mastigadinhas tratam as aftas.
Pequenas sementes de viagens e paixões botânicas que vou vendo germinar, crescer, florescer e muitas vezes dar frutos.
Quando o nosso trabalho é verdadeiro, coerente e feito com consciência e entusiamo, os frutos serão sempre soculentos e abundantes como a vida que nos sustem e a quem nunca me canso de agradecer.
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