Diário do meu jardim. Manhã de fim de abril com teias, neblinas e muitas flores comestíveis e medicinais.

Hoje acordei com o jardim a achar que era outono, confuso com a neblina encheu-se de prateados fios suspensos de folha em folha, de flor em flor tecendo pontes e teias e pérolas. Todo o jardim cintilava à luz matinal. . Raios luminosos atravessavam o espaço que acordava devagarinho Pássaros chilreavam entre a folhagem da tília e do sabugueiro. O noveleiro de cabeça pendida fazia vénias à vida e à fresca e exuberante  energia das manhãs. Felicidade é tão simples quanto isto. Saber olhar e deixar-se encantar.

Apenas algumas flores comestíveis

brincos-de-princesa

camomilas e papoilas

 Agora que a primavera parece estar bem instalada queremos dar um pouco de cor e alegria aos nossos pratos trazendo o jardim para dentro da cozinha. Deixo aqui um link e uma lista de fotos de flores que podem ser usadas na culinária.


Aqui fica a lista das flores comestíveis e não comestíveis em inglês e português
https://www.annabel-langbein.com/annabel/blog/guide-to-edible-flowers/

malvas

 Importante prestar sempre muita atenção ao local onde colhe para que não haja perigos de intoxicação por agrotóxicos, fumos de automóveis ou urina de animais ou pessoas.

esteva

 

 Importante também não colher em zonas protegidas e parques naturais

lantana

 O melhor mesmo é para quem tiver espaço criar o seu jardim comestível, quer de plantas ornamentais comestíveis ou semear pradarias de ervas silvestres e trazer assim a natureza mais selvagem e espontânea para dentro do seu jardim e da sua cozinha.

flor de sabugueiro

calêndulas ou maravilhas

chagas ou capuchinhas

funcho

meliloto

papoilas comuns

papoilas da california

gerâneo ou malva-rosa

salvia esclareia

ilustração do livro "Salada de Flores"

onagra

oxalis ou azeda

trevos

soagem

 

flor de marmeleiro

margarida ou bonina

pervinca

madresilva

rosas

milefolio

 

cosmos

violeta

abutilon

 

amor-perfeito

 

manuka

EVENTOS BOTÂNICOS- Workshops e passeios de reconhecimento de plantas medicinais e ervas silvestres comestíveis

  
Já no próximo dia 20 o passeio de reconhecimento de plantas medicinais e flores comestíveis é na Serra de Sintra com um percurso de 4KM começando na charmosa aldeia do Penedo, 15€

https://greentrekker.pt/agenda/flores-comestiveis-nos-bosques-do-penedo/

Dia 1 de maio, quinta do Rajo, das 10,30 às 17,30. Workshop com a herbalista americana Olivia Fito, 50€

 https://www.quinta-do-rajo.pt/actividades-2/outras-actividades/herbalismo/



Dia 4, sábado Trinca, loja de produtos biológicos perto de Torres Novas Workshop de Plantas medicinais para mães e bébés, das 15h às 18h, 25€

https://nit.pt/fit/alimentacao-saudavel/trinca-marca-produtos-biologicos-ja-loja-fisica-escola

Dia 6 de maio, segunda-feira no Algarve passeio às 17h integrado no curso The Herbal Path, o passeio é aberto a pessoas que não estejam a frequentar o curso e custa 7€

https://www.theherbalpath.net/

Dia 15, quarta-feira passeio de reconhecimento de Plantas medicinais dos jardins da Gulbenkian

https://gulbenkian.pt/descobrir/atividade/uma-farmacia-no-jardim-percursos-entre-plantas-e-medicamentos/

Dia 17 e 18 Confraria da Urtiga em Fornos de Algodres (ver programa)

https://www.facebook.com/ConfrariaDaUrtiga/

Conheça o Alecrim. Obrigada à vida Macro pelo vídeo.

Durante a festa dos pastores que se celebrava em Abril e comemorava a fundação de Roma, era hábito queimar-se alecrim para perfumar os fontanários, bosques e rebanhos sagrados.

Na Europa, era símbolo de devoção eterna e é usado ainda hoje na lapela do noivo e na grinalda da noiva.

Os médicos árabes utilizavam-no para ajudar os seus pacientes a recuperar a fala perdida na consequência de ataques cardíacos.

O nome da famosa água-da-Hungria, cujo principal ingrediente é o alecrim, deve-se ao facto da rainha Isabel da Hungria, septuagenária e muito doente, ter recuperado a saúde e rejuvenescido graças a uma mistura que ela própria preparava, juntando alecrim, alfazema e poejo.

https://www.facebook.com/vidamacrotv/videos/2152949384782954/

  

Na antiguidade colocavam-se nas mãos dos mortos raminhos de alecrim que simbolizavam a imortalidade da alma e queimavam-nos durante rituais e celebrações religiosas.

Em muitos cortejos fúnebres é ainda comum os acompanhantes levarem ramos de alecrim que colocam na mão do defunto ou lançam por cima da sepultura.

 

Durante a peste negra que assolou a Europa no séc.XIII, defumavam-se morgues e hospitais, com alecrim cujo fumo agia desinfetante e purificante do ambiente.

Os estudantes gregos entrelaçavam rebentos de alecrim antes dos exames para reforçar as suas capacidades mentais. Tanto na Grécia como em Roma era utilizado em casamentos e funerais para coroar os convidados de honra das festas com grinaldas.

 

O alecrim está associado a cerimónias fúnebres desde o tempo dos egípcios, que o utilizavam para embalsamar os corpos. No Império Romano enfeitavam-se com alecrim as imagens dos espíritos protectores da casa e da família.