quarta-feira, 5 de agosto de 2020

Fernanda Botelho // Pilriteiro Plantas para combater a ansiedade, os ataques de pânico, as arritmias e fortalecer o coração.

Tanto as folhas como as flores ou as bagas apresentam propriedades medicinais. As bagas são fortemente antioxidantes que protegem o tecido celular e fortificam os tecidos do coração.

Contém ainda flavonóides (rutina e quercetina), triterpenoides, glicósidos cianogénicos, aminas, trimetilamina, só nas flores, polifenóis, cumarinas e taninos, histamina e vitamina C.

 

O pirliteiro é utilizado para tratar uma variedade de problemas cardíacos e de circulação sanguínea, o alto teor em bioflavonóides relaxam e dilatam as artérias, sobretudo as coronárias e periféricas, isto aumenta a irrigação sanguínea do músculo cardíaco e atenua os sintomas da angina de peito, os bioflavonóides também são anti-oxidantes o que evita ou reduz a degeneração dos vasos sanguíneos.

Uma das características extraordinárias desta árvore é a sua acção normalizadora do batimento cardíaco sendo portanto muito útil no tratamento de arritmia, tonifica o coração, sendo uma grande ajuda em casos de corações cansados e debilitados por exemplo depois de intervenções cirúrgicas, ajudando também a regular e equilibrar a tensão arterial, age de uma forma eficaz e segura mas não agressiva, é também vasodilatador de uma forma suave, o chá feito com as folhas e tomado regularmente(duas a três chávenas por dia) durante um ou dois meses, protege o coração,  melhora a circulação, estabiliza os níveis de colagénio e tem uma acção ligeiramente adstringente, combate a arteriosclerose, em forma de gargarejos alivia dores de garganta, combinado com o gingko biloba, melhora a memória ao estimular a circulação sanguínea do cérebro fazendo aumentar a quantidade de oxigénio que lhe fornece, combate ainda problemas de insónias de origem nervosa.

segunda-feira, 3 de agosto de 2020

Fernanda Botelho // Flor de Maracujá Uma planta por dia nem sabe o bem que lhe fazia

Contém flavonóides, serotonina,passiflorina, maltol, glicócidos cianogénicos, ginocardina, alcalóides indóis “harman” e vitamina C nos frutos. Na Europa a mais utilizada para fins medicinais é a P.incarnata ou maracujá rosado, cujas folhas e flores frescas ou depois de secas são utilizadas como tranquilizante do sistema nervoso. Devido à sua ação antiespasmódica é útil em crises de Parkinson, de dores nevralgicas e de asma, pelas propriedades calmantes do sistema nervoso recomenda-se em ataques de pânico e de ansiedade. É um excelente analgésico, sendo, por isso, utilizado para aliviar dores de dentes e dores de cabeça de origem nervosa e dores menstruais. Reduz a ansiedade e a irritabilidade, sendo assim utilizada no tratamento de vários distúrbios nervosos como palpitações, hipertensão e cãibras. Em casos de insónia aconselha-se a passiflora para quem queira fazer a transição de sedativos sintéticos para um remédio natural. Pode tomar-se em forma de infusão, em tintura (alcolatura) ou em cápsulas muitas vezes combinada com valeriana ou com lúpulo.

Variedades

Existem cerca de 460 variedades de passiflora distribuídas pelas regiões tropicais e subtropicais das Américas e África. Apenas 50 a 60 destas variedades produzem frutos comestíveis, mas apenas cinco são utilizadas comercialmente, produzindo centenas de toneladas de frutos que se utilizam no fabrico de bebidas, gelados, doces e sobremesas ou simplesmente consumindo como fruto fresco muito rico em vitamina C. Estas são a p. edulis, originária do Brasil e Argentina, P. laurifolia,P. ligularis,P. molissima, P. quadriangularis. As sementes da variedade P. coriacea são utilizadas no fabrico de insecticida e as folhas da P. pulchella são utilizadas como diurético.

 

 

terça-feira, 21 de julho de 2020

Não Há ervas daninhas.#naohaervasdaninhas Exposição em Lisboa. Jardins Abertos. Lisboa Green capital 2020. Artigo na Wilder

 https://www.wilder.pt/divirta-se/jardins-abertos-quinze-ervas-daninhas-invadem-as-ruas-de-lisboa

 Fotos do Nuno Antunes e textos de Fernanda Botelho a pavonear-se por Lisboa inteira levando a mensagem que não há ervas daninhas e as plantas não são alvo a abater.

 
As ervas da beira dos caminhos têm má fama, a maioria das pessoas não gosta delas, chamam-lhes com desdém ervas daninhas, infestantes ou invasoras sem terem a mínima ideia de que essas plantas têm identidade, têm um nome botânico, uma espécie, um género e uma família a que pertencem tal como nós humanos.


Foto Nuno Antunes Aveia brava



Erva-de-são-roberto Foto Nuno Antunes
 
Muitas dessas plantas para além de serem exuberantemente bonitas e poderem sem intervenção de jardineiros associarem-se em bonitos espaços espontâneos constituindo autênticos jardins naturais., servem de alimento e de refúgio a uma grande variedade de insetos polinizadores, pássaros, répteis, anfíbios e toda uma cadeia de biodiversidade onde nós também estamos incluídos.

Ervilhaca Foto Nuno Antunes

Madressilva Foto Nuno Antunes
 
Estas plantas que servem também, muitas vezes para prevenir erosão de solos e consequentemente  contribuir na prevenção de cheias, melhorar a sua qualidade e estrutura no caso, por exemplo  dos cardos,  dos dentes-de-leão ou  das chicórias com as suas raízes profundas que contribuem para descompactar terrenos mais secos e argilosos. Os trevos  de bonitas flores redondas ou ovaladas de cores brancas e perfumadas ou cor-de-rosa alilazado ou até vermelhos são  usados como plantas forrageiras e azotantes muito recomendadas quando as terras estão em pousio e se faz a rotação de culturas, prática sustentável e comum em agricultura biológica que é o mesmo que dizer em agricultura consciente e respeitadora da vida 

Malva.Foto Nuno Antunes